Como funcionava o esquema
De acordo com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), o grupo fraudava descontos em benefícios previdenciários por meio de associações e entidades de fachada. Entre as práticas reveladas estão:
pagamento de propina a servidores para obter dados de beneficiários;
uso de assinaturas falsificadas para autorizar descontos;
criação de entidades controladas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.
Ainda segundo a PF, dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados.
Investigações e operação
As apurações tiveram início em 2023 dentro da CGU, em âmbito administrativo. Com a identificação de indícios de crimes em 2024, o caso foi encaminhado à Polícia Federal. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, chegou a ser demitido em abril, quando a fraude veio à tona.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. A PF apreendeu também bens de luxo, como uma Ferrari.
Antunes foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde também são realizadas buscas em sua residência. As investigações apontam que ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas ligadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024. Já no caso de Camisotti, os agentes também realizaram diligências em sua casa e escritório na capital paulista.
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