De acordo com o relatório final do inquérito, entre os maranhenses que receberam mensagens de Bolsonaro estão o ex-senador Roberto Rocha, o deputado estadual Dr. Yglésio, o vice-presidente do PL em São Luís, Filipe Arnon (identificado como Tchê Churrasco), além do blogueiro Francisco Mello Ao todo, foram mapeados 396 contatos em quatro listas de transmissão nomeadas por Bolsonaro como “Deputados”, “Senadores”, “Outros” e “Outros 2”. Os investigadores ressaltam que esse mecanismo permite o disparo de mensagens para vários destinatários ao mesmo tempo, mas com entrega individual, dificultando o rastreamento coletivo das conversas.
A PF concluiu que, por meio dessas transmissões, Bolsonaro burlou as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, em 18 de julho, que vedavam o uso de redes sociais, direta ou indiretamente. Mensagens enviadas por ele foram compartilhadas em perfis de aliados, ampliando o alcance do conteúdo.
Entre os contatos listados também aparecem nomes de peso da política e do entorno bolsonarista, como os filhos Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ex-ministros como Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, além de figuras como o pastor Silas Malafaia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o vice-prefeito Ricardo Mello Araújo (PL).
O relatório ainda cita vídeos de manifestações e mensagens de mobilização que foram encontrados 338 vezes no celular de Bolsonaro, indicando disparos em massa. Com base nessas evidências, a PF indiciou o ex-presidente por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
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